quinta-feira, 27 de maio de 2010

2009: O novo impulso do Tratado de Lisboa

No dia 13 de dezembro de 2007, foi assinado, pelos Estados-membros, o Tratado de Lisboa. Este emendou:




o Tratado de Roma, assindo em a 25 de Março de 1957, que instituiu a Comunidade Económica Europeia (habitualmente designada por CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (habitualmente designado por Tratado Euratom).

o Tratado que institui a União Europeia, assinado em 7 de Fevereiro de 1992, que institui a União Europeia (habitualmente designado por Tratado de Maastricht ou por Tratado da União Europeia - TUE).

O Tratado de Lisboa faculta personalidade jurídica à União Europeia. Importantes mudanças incluíram o aumento de decisões por votação por maioria qualificada no Conselho da União Europeia, o aumento do Parlamento Europeu, no processo legislativo através da extensão da co-decisão com o Conselho da União Europeia, a eliminação dos Três Pilares e a criação de um Presidente do Conselho Europeu, com um mandato mais longo, e um Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, apresentando uma posição unida sobre as políticas da UE. O Tratado também fez com que a Carta da União em matéria de direitos humanos, a Carta dos Direitos Fundamentais, se tornasse juridicamente vinculativa.



O objectivo declarado do tratado é "completar o processo lançado pelo Tratado de Amesterdão (1997) e pelo Tratado de Nice (2001), com vista a reforçar a eficiência e a legitimidade democrática da União e para melhorar a coerência da sua ação".[3] Entrou em vigor em 1 de dezembro de 2009.

1999–2008

Em 1 de Maio de 1999, o Tratado de Amsterdão entrou em vigor. A 5 de Maio o Parlamento aprovou Romano Prodi como Presidente da Comissão. De acordo com o tratado, os poderes de Prodi foram descritos por alguns como os de um 'primeiro-ministro da Europa'.[1] Em 4 de Junho, Javier Solana foi nomeado Secretário-Geral do Conselho e do reforçado cargo de Alto Representante da Política Comum Externa e de Segurança. Admitiu-se a intervenção no Kosovo - Solana foi também visto como uma espécie de Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE.[2]




Em 10-13 de Junho de 1999 as quintas eleições europeias realizaram-se nos então 15 membros. Em 20 de Julho Nicole Fontaine foi eleita como Presidente do Parlamento e em 15 de Setembro foi aprovada a Comissão Prodi.



-Tratados

Para lidar com o alargamento de 2004 os líderes encontraram-se em Nice em 7 de Dezembro de 2000 para criar um novo tratado que assegurasse o funcionamento da União com os novos membros. O Tratado de Nice foi assinado dois meses depois, em 26 de Fevereiro de 2001 e entrou em vigor em 1 de Fevereiro de 2003.



-Quinto alargamento

Em 1 de Maio de 2004, entraram dez novos estados na UE: Malta, Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria. Nessa data a União passou de 381 milhões para 456 milhões de habitantes, e o seu território de 3367 para 4104 milhares de km²



Em 1 de Janeiro de 2007 entraram Roménia e Bulgária.



Esperava-se que Chipre entrasse como uma ilha unificada. Porém, o norte de Chipre permanece fora do controlo do governo internacionalmente reconhecido da República de Chipre desde a invasão turca de 1974.

1 de Novembro de 1993: a União Europeia

Ao entrar em vigor, em 1 de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado em 7 de Fevereiro de 1992 em Maastricht, confere uma nova dimensão à construção europeia. A Comunidade Europeia (o Tratado de Maastricht substituiu o nome Comunidade Economica Europeia), fundamentalmente económica nas suas aspirações e no seu teor, passa estar integrada na União Europeia baseada, doravante em três pilares.




O pilar comunitário (a Comunidade Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica), regido pelos procedimentos institucionais clássicos, faz intervir a Comissão, o Parlamento, o Conselho e o Tribunal de Justiça; gere essencialmente o mercado interno e as políticas comuns.



Os outros dois pilares envolvem os Estados-membros em domínios caracterizados até então como sendo da competência exclusivamente nacional: a política externa e de segurança, por um lado, e os assuntos internos, tais como a política de imigração e de asilo, a polícia e a justiça, por outro. Trata-se de um progresso importante, na medida em que os Estados-membros consideram que é do seu interesse cooperar mais estreitamente nestes domínios, como forma de afirmar a identidade europeia no mundo e de assegurar uma melhor protecção dos seus cidadãos contra a criminalidade organizada e o tráfico de drogas.



Mas o que os cidadãos recordarão do Tratado de Maastricht será provavelmente a decisão que trouxe maior impacto prático à sua vida quotidiana: a realização da União Económica e Monetária. Desde 1 de Janeiro de 1999, a UEM reune todos os países que cumpriram um determinado número de critérios económicos destinados a garantir a sua boa gestão financeira e a assegurar a estabilidade futura da moeda única: o euro.



Última etapa lógica da realização do mercado interno, a introdução da moeda única, pelas repercussões pessoais que traz para cada cidadão e pelas consequências económicas e sociais de que se reveste, tem um alcance eminentemente político. Pode-se mesmo considerar que o euro será futuramente o símbolo mais concreto da União Europeia. Esta moeda forte, capaz de concorrer com as grandes moedas de reserva internacionais, constituirá o signo distintivo da nossa pertença comum a um continente que se está a unir e a afirmar.

17 de Fevereiro de 1986: assinatura do Acto Único Europeu

O objectivo do Tratado de Roma de criar um mercado comum havia sido parcialmente realizado nos anos sessenta, graças à supressão dos direitos aduaneiros internos e das restrições quantitativas às trocas comerciais. Mas os autores do Tratado haviam subestimado todo um conjunto de outros obstáculos às os meios para adoptarem as 300 directivas que eram necessárias.




Ao objectivo do grande mercado interno, o Acto Único associa estreitamente outro de importância tão fundamental como o primeiro: o da coesão económica e social. A Europa cria assim políticas estruturais em benefício das regiões com atrasos de desenvolvimento ou que tenham sido atingidas por mutações tecnológicas e industriais. Promove igualmente a cooperação em matéria de investigação e de desenvolvimento. Por último, toma em consideração a dimensão social do mercado interno: no espírito dos governantes da União, o bom funcionamento do mercado interno e uma concorrência sã entre as empresas são indissociáveis do objectivo constante que consiste na melhoria das condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus.

7-10 de Junho de 1979: primeiras eleições directas do Parlamento Europeu por sufrágio universal

O Parlamento Europeu desempenha um papel fundamental no equilíbrio institucional da Comunidade: representa os povos da Europa e caracteriza a natureza democrática do projecto europeu. Desde a sua criação dotado de poderes de controlo do ramo executivo, o Parlamento Europeu dispõe igualmente de poder legislativo, sob forma de um direito de ser consultado sobre os principais textos comunitários, poder que se foi alargando progressivamente para se transformar num verdadeiro direito de co-decisião legislativa. O Parlamento partilha, além disso, com o Conselho da União Europeia o poder orçamental. Como são designados os deputados europeus? Até 1979, os membros do Parlamento Europeu eram membros dos parlamentos nacionais, que os nomeavam para os representar em Estrasburgo. A partir de 1979, passaram a ser eleitos por sufrágio universal directo em cada um dos países da União, por mandatos de cinco anos. Os cidadãos escolhem assim os deputados que terão assento, não em delegações nacionais, mas em grupos parlamentares transnacionais, representativos das grandes correntes de pensamento político existentes no continente.




A ambição de criar entre os Estados-membros uma relação especial, que lhes permita gerir os seus interesses e os seus diferendos segundo as mesmas regras de direito e os mesmos procedimentos de arbitragem que unem os cidadãos de um Estado democrático, é totalmente revolucionária na prática das relações internacionais. "Nós não coligamos Estados, nós unimos as pessoas", escrevia Jean Monnet. Assim, as instituições europeias, articulando e conciliando permanentemente os interesses dos cidadãos enquanto tais, devem ser fortes e equilibradas. A dialética subtil que funciona desde há cerca de cinquenta anos entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Tribunal de Justiça da União Europeia, representa indubitavelmente uma aquisição fundamental da construção europeia, sendo a chave do seu êxito.

1 de Janeiro de 1973: primeiro alargamento da Comunidade Europeia

A União Europeia encontra-se aberta a todos os países europeus que a ela pretendem aderir e que respeitem os compromissos assumidos nos Tratados da fundação e subscrevem os mesmos objectivos fundamentais. Existem duas condições que determinam a aceitação de uma candidatura à adesão: a localização no continente europeu e a prática de todos os procedimentos democráticos que caracterizam o Estado de direito.




Assim, a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem à Comunidade em 1 de Janeiro de 1973. A estas adesões seguiu-se um alargamento ao Sul do continente, durante os anos oitenta, com a Grécia, a Espanha e Portugal a afirmarem-se como nações democráticas. A terceira vaga de adesões, que teve lugar em 1995, traduz a vontade dos países da Europa escandinava e central de se juntarem a uma União que tem vindo a consolidar o seu mercado interno e se afirma como o único pólo de estabilidade no continente, após o desagregamento do bloco soviético.





Eurotower em Frankfurt, AlemanhaDe seis para nove, de doze para quinze membros, a Europa comunitária vai ganhando influência e prestígio. Deve manter um modo de decisão eficaz, capaz de gerir o interesse comum em proveito de todos os seus membros, preservando simultaneamente as identidades e as especificidades nacionais e regionais que constituem a sua riqueza. O maior desafio para que se preparam actualmente os europeus consiste em acolher nos próximos anos os países da Europa central, balcânica, mediterrânica e báltica, que apresentaram a sua candidatura. Como encontrar os recursos necessários que lhes permitam atingir o nível económico e estrutural dos países da UE no mais breve prazo? Como adaptar as instituições para que estas possam continuar a cumprir as suas missões em benefício de uma União de mais de 25 Estados-membros? Estas são as missões históricas que aguardam futuramente os Estados da União.

20 de Julho de 1963: Iaundé, os primórdios de um papel internacional

Com os seus destinos a unirem-se no continente, os Estados fundadores da Comunidade Europeia assinam com as suas antigas colónias africanas, em 1963, uma convenção que garante a estas últimas certas vantagens comerciais e ajudas financeiras. A Convenção de Lomé, que se seguiu à de Iaundé, aplica-se actualmente a setenta países da África, das Caraíbas e do Pacífico, tornando a União Europeia a maior fonte de ajuda pública ao desenvolvimento. A cooperação estendeu-se igualmente, sob outras formas, à maior parte dos países da Ásia e da América Latina.




Em 28 de Novembro de 1995, os quinze países da União Europeia e doze países do sul do Mediterrâneo estabelecem uma parceria que deverá conduzir à criação de uma zona de comércio livre, combinada com acordos de cooperação nos domínios social, cultural e humano.



No século XXI assistir-se-á à afirmação da Europa como potência de paz, desde que a União promova a estabilidade e o desenvolvimento nos grandes grupos regionais que a envolvem. Graças ao papel que desempenha nas trocas comerciais mundiais e ao seu peso económico, a União é já um parceiro respeitado nas grandes instâncias internacionais, tais como a Organização Mundial de Comércio ou a ONU.



Progressivamente, a União apoia-se no seu potencial económico para desenvolver a sua influência política e afirmar-se com uma só voz. O Tratado da União Europeia, de 1992, fixa o objectivo e as modalidades de uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC), que inclui, a prazo, a definição de uma política de defesa comum. Mas os europeus deverão ainda envidar numerosos esforços para harmonizar a sua diplomacia e a sua política de segurança. É esse o preço, que pressupõe uma vontade política real dos Estados-membros, para que a União possa defender os seus interesses e contribuir para a criação de um mundo de paz e de justiça.

25 de Março de 1957: a Comunidade Económica Europeia

O plano Schumacker tinha dado origem a uma Comunidade especializada em dois domínios decisivos, mas limitados: o carvão e o aço. Sob a pressão da Guerra Fria, foram tomadas iniciativas nos domínios da defesa e da união política, mas a opinião pública não estava ainda preparada para as aceitar. Os seis Estados-membros da CECA escolheram portanto uma nova área de integração no domínio económico: a criação de um mercado único.




O Tratado de Roma de 25 de Março de 1957, que institui a CEE, cria instruções e mecanismos de tomada de decisão que permitem dar expressão tanto aos interesses nacionais como a uma visão comunitária. A Comunidade Europeia constitui doravante o eixo principal em torno do qual se vai organizar a construção europeia.



De 1958 a 1970, a abolição dos direitos aduaneiros tem repercussões espectaculares: o comércio intracomunitário é multiplicado por seis, ao passo que as trocas comerciais da CEE com o resto do mundo são multiplicadas por três. No mesmo período, o produto nacional bruto médio da CEE aumenta 70%. Seguindo o padrão dos grandes mercados continentais, como o dos Estados Unidos da América, os agentes económicos europeus sabem tirar proveito da dinamização resultante da abertura das fronteiras. Os consumidores habituam-se a que lhes seja proposta uma gama cada vez mais variada de produtos importados. A dimensão europeia torna-se uma realidade. Em 1986, a assinatura do Acto Único Europeu permitirá abolir as outras restrições, de ordem regulamentar e fiscal, que atrasavam ainda a criação de um mercado interno genuíno, totalmente unificado.

9 de Maio de 1950: renasce a Europa

Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra Fria faz pesar a ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o termino da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estão longe da reconciliação.


Como evitar repetir os erros do passado e criar condições para uma paz duradoura entre inimigos tão recentes? O problema fulcral reside na relação entre a França e a Alemanha. É preciso criar uma relação forte entre estes dois países e reunir em seu torno todos os países Europeus de orientação liberal da Europa a fim de construir conjuntamente uma comunidade com um destino comum. Mas quando e como começar? Jean Monnet, com uma experiência única enquanto negociador e construtor da paz, propõe ao Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do carvão e do aço. A proposta é formulada oficialmente em 9 de Maio de 1950 pela França e fervorosamente acolhida pela Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.

O Tratado que institui a primeira Comunidade Europeia, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), foi assinado em Abril de 1951, abrindo as portas à Europa das realizações concretas. Seguir-se-iam outras realizações, até se chegar à União Europeia actual, que já abrange o Leste do continente - região da qual esteve demasiado tempo separada, com o colapso do socialismo e da COMECON.

No ano de 1954, devido ao sucesso conseguido pela criação da CECA, os 6 componentes desta instituição decidiram criar uma organização que zelaria pela defesa e proteção da Europa - CED (Comunidade Europeia de Defesa). Entretanto, apesar de todos os esforços dedicados na construção deste órgão, ocorreu o seu fracasso. A grande importância deste evento adveio exatamente de seu fracasso, vez que, a partir de então, os Estados passaram a adotar regras mais modestas e progressivas no ato de aproximar os Estados europeus.

História da União Europeia

O século XX foi tragicamente marcado pela ascensão e posteriormente pela queda das ideologias totalitárias. Já no terceiro milénio, a união voluntária dos povos europeus continua a ser o único grande esforço colectivo inspirado por um ideal que consiste em superar os conflitos do passado e em preparar o futuro conjuntamente. Afirma-se actualmente como a única resposta credível face aos riscos e às oportunidades criados pela globalização crescente da economia mundial.
Como qualquer história, a da União Europeia teve os seus momentos fortes e as suas datas simbólicas. Sete delas merecem ser recordadas, já que contribuíram para a construção da Europa actual e são igualmente essenciais para o futuro do continente europeu.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 21 de março de 2010

FICHA DE OBSERVAÇÃO DO FILME: A VIDA É BELA


FICHA TÉCNICA:
1. TÍTULO: "A Vida é Bela" (La Vita e Bella)

2. REALIZADOR: Roberto Benigni

3. GÉNERO: Comédia Dramática

4. ACTORES PRINCIPAIS: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini, Giustino Durano, Sergio Bini Bustric, Marisa Paredes, Horst Buchholz, Amerigo Fontani, Pietro De Silva e Francesco Guzzo.

O FILME:
5. PERSONAGENS PRINCIPAIS DO FILME: Guido Orefice, Dora, Giosué Orefice, Tio de Guido, Ferruccio Papini, Mãe de Dora, Dr. Lessing, Rodolfo, Bartolomeo, Vittorino.

6. TEMPO DA ACÇÃO: Durante a 2ª Guerra Mundial

7. ESPAÇO DA ACÇÃO: Em Itália no ano de 1939

8. TEMÁTICA: 2ª Guerra Mundial

9. RESUMO DO FILME: Na Itália de 1939, Guido Orefice (Roberto Benigni) muda-se para a cidade de Arezzo para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pelo primeira mulher com que se cruza, uma professora chamada Dora (Nicoletta Braschi), com a qual se vai encontrando das formas mais invulgares, primeiro casualmente, depois propositadamente. O regime fascista vai interromper a harmonia que entretanto se instala na vida de Guido, judeu, que é levado com o filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o pequeno Giosué (Giorgio Cantarini) ao horror da situação, elabora uma complicada justificação, que vai adaptando à medida das necessidades, e que consiste sumariamente em convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados Alemães estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são muito maus.

10. A MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME: Eu penso que o filme " A Vida é Bela", retrata de uma forma simples, e por vezes cómica, o modo como o fascismo imperava na europa na altura da 2ª Guerra Mundial, e que levaram a que os judeu fossem presseguidos e maltratados quer nos campos de concentração quer na sociedade em geral.

HIROHITO: JAPÃO


Imperador da milenar monarquia japonesa nascido no palácio Aoyama, em Tóquio, responsável pela readaptação do Japão aos novos tempos depois da derrota militar na segunda guerra mundial. Recebeu educação adequada a sua realeza e desde muito jovem mostrou grande interesse pela biologia marinha. Ao regressar de viagem à Europa (1921), foi nomeado príncipe regente quando seu pai, o imperador Taisho, abdicou. Foi coroado imperador (1926) subiu ao trono imperial com poderes nominalmente absolutos, mas na prática, sob o autoritarismo dos militares. Foi assim que declarou guerra aos Estados Unidos após o covarde ataque a Pearl Harbor (1941). Quatro anos depois capitulava, após a explosão das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto (1945). Derrotado aceitou sem resistência o regime de monarquia constitucional imposto pelos vencedores, apesar da opinião contrária de alguns nacionalistas. A partir de então, partiu para a ruptura com algumas tradições demasiadamente rígidas, e dar exemplos a seus súditos, visando o caminho da recuperação e modernização que levou o país a se tornar uma das grandes potências econômicas mundial. Morreu em Tóquio, e foi sucedido pelo filho Akihito.

CHARLES DE GAULLE: FRANÇA


Oficial desde o início da Primeira Guerra Mundial, De Gaulle notabilizou-se como militar. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e posteriormente subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Depois da invasão da França pela Alemanha, apelou de Londres à resistência (1940), fundou o Comitê França Livre e como líder do movimento de Resistência, no ano de 1943, foi eleito presidente do Comitê Francês de Libertação Nacional em Argel. Depois da libertação de Paris em 1944, retornou como chefe do Governo provisório. De Gaulle enfrentou os partidos novamente constituídos defendendo a supremacia do cargo de presidente. Em 1946, demitiu-se do cargo de primeiro-ministro da IV República e em 1947 fundou o movimento de unidade RPF (Rassemblement du Peuple Français). Após uma tentativa de golpe militar na Argélia, o então presidente da República René Coty (1953-1959) pediu-lhe a formação de um novo governo. A Assembléia Nacional confirmou e, alterando a Constituição, lhe concedeu amplos poderes. Em 21 de dezembro de 1958, foi eleito primeiro presidente da V República assumindo o cargo em 8 de janeiro de 1959. Como presidente, De Gaulle estabeleceu pela primeira vez negociações oficiais com a Frente de Libertação da Argélia (FNL), apesar da oposição da direita, cuja rebelião mandou sufocar (1961). Em 1962, assinou o Tratado de Évian que estipulava a paz e a independência da Argélia. De Gaulle não aspirava a uma integração européia, seu objetivo era uma "Europa das pátrias", isto é, uma confederação de Estados que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional. Estimulou o desenvolvimento do potencial atômico francês ("Force de frappe"). O tratado sobre colaboração franco-germânica, que assinou em 1963 com Konrad Adenauer, propunha um primeiro passo para a reconciliação entre os dois povos. No ano de 1963, vetou a entrada da Inglaterra na Comunidade Econômica Européia (CEE), atitude que, associada ao estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China (1964), à retirada da França da estrutura militar da OTAN (1967) e ao plano de neutralização do Sudeste Asiático, o colocou numa posição de evidente antagonismo perante seus aliados ocidentais e, particularmente, os EUA. Foi reeleito em 1965 e a partir de 1967 teve de enfrentar os conflitos internos cada vez mais graves que conduziram à rebelião de maio de 1968. Em 1969, demitiu-se, depois de derrotado num plebiscito sobre a reforma administrativa da França, sendo substituído por Georges Pompidou.

FRANKLIN DELANO ROOSEVELT: E.U.A.


Segundo a maioria dos historiadores americanos, o democrata Franklin Delano Roosevelt foi o maior estadista dos Estados Unidos. Ele ajudou os americanos a recuperarem a fé, levando esperança com sua promessa de ação rápida e vigorosa, afirmando em seu discurso de posse: "A única coisa que devemos temer é o medo".
Ao assumir a presidência em 1933, Roosevelt encontrou um país de joelhos. Milhões de pessoas passavam fome, todos os bancos haviam falido, e as perspectivas eram as mais sombrias para a indústria e a agricultura.
Esse quadro desolador foi resultado da crise de superprodução e do crack na Bolsa de Nova York, iniciada em 1929. O liberalismo econômico radical, segundo o qual o Estado não deve regular ou intervir na economia, foi o maior responsável pela crise. Os presidentes republicanos que o precederam não previram os riscos deste liberalismo e nem demonstrarm sensibilidade para com os problemas sociais decorrentes da crise.
Para contorná-la, Roosevelt apelou para a cartilha democrata e, como conseqüência, não só ajudou a tirar o país da crise como também contribuiu para a evolução do capitalismo. Inspirado nas idéias do economista inglês John Maynard Keynes, Roosevelt concebeu o "New Deal" (Novo Trato), um conjunto de medidas econômicas pelas quais o Estado aumentava sua participação na economia, criando uma demanada que, para ser atendida, botava em ação setores da economia antes paralisados pela crise.
O "New Deal" provocou queda no desemprego, aliviando a situação de milhões de famílias. A recuperação da economia era desencadeada por um crescente déficit público, o qual o presidente financiava com aumento de impostos para os mais ricos, num mecanismo de distribuição de renda de ricos para pobres.
Roosevelt nasceu em 1882, no Estado de Nova York. Ele freqüentou a Universidade Harvard e a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York. Seguindo o exemplo de seu primo em quinto grau, o ex-presidente Theodore Roosevelt (1901-1908), ele entrou para a política.
Em 1920 ele foi o candidato democrata à vice-presidência. Em 1921, aos 39 anos, ele foi acometido de poliomielite, demonstrando uma coragem indomável. Ele apareceu dramaticamente de muletas para indicar Alfred E. Smith na Convenção Democrata de 1924. Em 1928 ele se tornou governador de Nova York, o "Empire State" (Estado Imperial).
Ele foi eleito presidente em 1932. No início de 1933 havia 13 milhões de desempregados, e quase todos os bancos tinham fechado. Ele apresentou um amplo programa para ajudar as empresas, a agricultura, os desempregados e aqueles que corriam o risco de execução de hipotecas.
Em 1935, o país estava se recuperando, mas empresários e banqueiros se voltaram contra o "New Deal" de Roosevelt. Demonstrando ganância empleno período de crise, eles não gostavam das concessões aos trabalhadores e ficaram horrorizados com déficits no orçamento.
Foi então que Roosevelt respondeu com impostos mais elevados sobre os ricos, controles sobre os bancos e empresas de utilidade pública, um enorme programa de ajuda para os desempregados e um novo programa de reformas: o seguro social.
Roosevelt foi reeleito por elevada margem de votos em 1936, 1940 e 1944. Foi o presidente que governou por mais tempo os EUA. Ele buscou uma legislação que levou a uma revolução na lei constitucional. Depois disso o governo poderia legalmente regular a economia.
Ele também buscou por meio de uma legislação de neutralidade manter os Estados Unidos fora da guerra na Europa, mas ao mesmo tempo adotou uma política de "boa vizinhança" para fortalecer os países ameaçados ou atacados.
Assim, quando a França caiu e a Inglaterra ficou sitiada em 1940, ele começou a enviar para a Grã-Bretanha toda a ajuda possível que não representasse um envolvimento militar direto. Mas os japoneses atacaram Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, levando Roosevelt a direcionar rapidamente a organização dos recursos e efetivo para a guerra mundial.
Sentindo que a futura paz do mundo dependeria das relações entre os Estados Unidos e a Rússia, o presidente dedicou muita reflexão ao planejamento da Organização das Nações Unidas, por meio da qual, ele esperava, problemas internacionais poderiam ser resolvidos.
À medida que a guerra se aproximava do final, a saúde de Roosevelt deteriorou, e em 12 de abril de 1945, enquanto estava em Warm Springs, Geórgia, ele morreu de hemorragia cerebral.

WINSTON CHURCHIL: INGLATERRA


Primeiro ministro britânico, de 1940 a 1945 e de 1951 a 1955, foi quem dirigiu a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, em 30 de Novembro de 1874; Morreu em Londres em 24 de Janeiro de 1965.



Era filho de Lord Randolph Churchill e da sua mulher americana Jennie Jerome. Após ter acabado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Durante a guerra dos Boers, de quem foi prisioneiro, protagonizou uma fuga que o tornou mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores.
Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo, ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica.
Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz.
Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro Ministro. Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler.
Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.
Foi nomeado Prémio Nobel da Literatura em 1953, pelas sua obra mas sobretudo devido aos 6 volumes da sua obra mais famosa: The Second World War.

José Estaline - URSS


José Estaline nasceu em Gori, a 21 de Dezembro de 1878 e morreu em Moscou, a 5 de Março de 1953, foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder de facto da União Soviética.Nascido em uma pequena cabana na cidade georgiana de Gori e filho de uma costureira e de um sapateiro, o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz. Chegou a estudar em um colégio religioso de Tiflis, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime tsarista. Passou anos na prisão (por organizar assaltos, num dos quais 40 pessoas foram mortas) e, quando libertado, aliou-se a Vladimir Lenin e outros, que planejavam a Revolução Russa. Estaline chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), mas teve uma ascensão rápida, tornando-se em Novembro de 1922 o Secretário-geral do Comité Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes. Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse apto para um cargo de comando, ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seus epítetos eram "Guia Genial dos Povos" e "O Pai dos Povos".De acordo com Alan Bullock,uma discordância com Stalin em qualquer assunto tornava-se não uma questão de oposição política, mas um crime capital, uma prova, ipso facto, de participação em uma conspiração criminosa envolvendo traição e a intenção de derrubar o regime Soviético.

ANTÓNIO SALAZAR-PORTUGAL

Político e economista português (28/4/1889-27/7/1970). Nasce na cidade de Santa Comba Dão, estuda em um seminário em Viseu e torna-se catedrático em ciências econômicas e financeiras na Universidade de Coimbra em 1919. Em 1921 elege-se deputado pelo partido Centro Católico.

Em 1926, um golpe de Estado derruba o governo republicano e instaura uma ditadura militar. Salazar ocupa o cargo de ministro das Finanças, em 1926, por apenas 13 dias. Em 1928 volta a ser chamado pelo governo, incapaz de resolver a crise financeira do país. Como ministro da Fazenda, rapidamente controla não apenas as finanças, mas toda a política.

Em 1932 torna-se primeiro-ministro e instaura uma ditadura inspirada no fascismo, conhecida como salazarismo. Em 1933 transforma a governista União Nacional no único partido de Portugal. Proíbe greves, estabelece a censura, reprime a oposição e organiza uma polícia política.

Durante a II Guerra Mundial, Portugal mantém-se neutro, apesar de sua afinidade ideológica com o Eixo. Em 1958 é abolido o direito ao voto.

Três anos depois, a recusa de Salazar em conceder independência às colônias africanas dá início a guerras de libertação em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Em 1968 sofre um derrame cerebral e é afastado do poder. Morre dois anos depois em Lisboa. substituído por seu ex-ministro Marcelo Caetano. O fim do salazarismo só ocorre com a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

FRANCISCO FRANCO-ESPANHA


Francisco Franco (1892-1975), militar e político espanhol, chefe de Estado (1936-1975) responsável pelo regime autoritário que se iniciou durante a Guerra Civil (1936-1939) e terminou com a morte do titular (franquismo).

Em 1926 ascendeu a general de brigada, tornando-se o general mais jovem da Europa. Durante a ditadura de Miguel Primo de Rivera, dirigiu, desde 1928, a Academia General Militar de Saragoça, fechada por Manuel Azaña em 1931. Em 1935 assumiu a chefia do Estado Maior.

Depois do triunfo eleitoral da Frente Popular (1936) assume a direção geral das Canárias. Neste posto interveio no levantamento militar contra o governo republicano. Em setembro de 1936 foi nomeado generalíssimo das forças militares sublevadas e, em 1º de outubro, chefe de Estado.

No ano seguinte assumiu o comando da Falange Espanhola Tradicionalista e das Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista (FET e das JONS). Até junho de 1973 foi ao mesmo tempo chefe de Estado, do Governo e do Exército.

ADOLFO HITLER-ALEMANHA


Adolf Hitler, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilização do exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Hitler seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

BENITO MUSSOLINI-ITÁLA


Criador do Fascismo e ditador da Itália, também denominado de Duce (chefe). Nasceu em Dovia na província de Forli a 29 de julho de 1883.

Em 1910 tornou-se secretário do Partido Socialista em sua cidade natal e dois anos depois edita o jornal oficial do Partido, o Avanti!. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial adotou a posição de pacifismo do Partido, mas depois defende ardorosamente a entrada da Itália na guerra ao lado da França e da Inglaterra; foi, então, expulso do Partido.

Funda em 1914 o jornal I Popolo d'Italia (O Povo da Itália) e organiza os Fasci d'AzioneRivoluzionaria.
A Itália entrou na guerra em 1915, Mussolini lutou nos campos de batalha e foi ferido em 1917. Em 1919, funda os Fasci di Combattimento em Milão e prega uma posição de cunho nacionalista e antiesquerdista. Une-se à burguesia e aos latifundiários que temem o avanço do comunismo, recebendo grande ajuda financeira. Seus grupos paramilitares atacam e matam centenas de militantes de esquerda.

Em 1921 entra para o parlamento e funda o Partido Nacional Fascista. Em outubro de 1922 marcha sobre Roma e o rei Vítor Emanuel não vê outra alternativa senão pedir para que ele componha um novo governo. No ano seguinte criou o Grande Conselho Fascista e o parlamento "depurado" dá-lhe pleno poder.

Em 1925 seu governo é uma ditadura aberta, a oposição é exterminada, as eleições para cargos públicos são feitas pelas corporazionis, que também ocupam o lugar dos sindicatos.

Sem um grande poder militar, as aventuras externas de Mussolini resumem-se na Albânia em 1927, na Etiópia em 1937 e seu auxílio a Franco durante a Guerra Civil Espanhola. Realiza o pacto Roma-Berlim com Hitler, aliança que lhe valeu uma fatia da Iugoslávia.

Suas derrotas consecutivas na Grécia em 1940 e na África em 1941 proporcionaram um golpe que o derrubou em 25 de julho de 1943, consentido pelo seu Grande Conselho Fascista; é preso e só libertado pela ajuda dos alemães, readquirindo o poder no norte da Itália. Porém vem o colapso do nazi-fascismo, o Duce tenta fugir para a Suíça com sua amante Clara Petacci, mas é presos pela resistência italiana, os partigiani. Os dois são executados em Dongo, próximo ao lago de Como, a 28 de abril de 1945.